Bate Flechas de São Sebastião São Jorge – Centro Espírita São Sebastião

Ano de fundação: 1997

Mestra: Joana D’arc de Oliveira

A história do Centro Espírita São Sebastião confunde-se com a história de desenvolvimento espiritual da mestra Joana D’arc de Oliveria.

Joana recebeu sua missão ainda criança, aos 7 anos de idade. Após ter passado por diversos centros espíritas em Alegre, Jerônimo Monteiro, Cachoeiro e Xerém, no Rio de Janeiro, começou a atender em casa no ano de 1997, e logo depois, em 1999, abriu oficialmente o Centro Espírita São Sebastião.

O trabalho no centro sempre se inicia com a oração do terço, que é rezado por sua mãe, Maria Luiza de Oliveira, juntamente com os demais membros da casa. Quando chegam os pretos velhos, acontecem os atendimentos e, logo depois, o trabalho é encerrado. Atualmente o centro tem 48 membros e, desses, 18 são médiuns.

Por todos os lugares em que passou, a mestra Joana sempre participou de campos flecheiros: nos centros do Sr. Manuel Bragança, de Dona Tereza Gomes de Oliveira e do Sr. Dudu (Manoel Batista), até comandar seu próprio grupo, como ocorre atualmente.

O centro mantém um campo flecheiro do qual todos os integrantes participam: são 44 flecheiros e 4 ogãs, que tocam os atabaques. O guia da casa determinou que o campo flecheiro fosse composto apenas por atabaques.

A celebração mais importante da casa é a Festa dos Pretos Velhos D’Angola, que acontece anualmente, no dia 13 de maio. Durante a festa, recebe normalmente 6 grupos de jornaleiros: a jornada de Espera Feliz (MG), comandada por José Antônio; a de Alegre, comandada por Gian Costa; a de Jacu, comandada por Izaías Quirino da Silva; a de Anutiba, comandada por Abraão; a de Guaçuí, comandada por Cláudio; e a de Belford roxo (RJ), comandada por Sueli.

Como as jornadas são uma espécie de corrente, são realizadas cerca de 10 jornadas todos os anos, para que os elos sejam mantidos.

Para a mestra, o bate flechas significa saúde, cura e libertação. Como as flechas são batizadas nas matas, elas curam. “Bater as flechas dentro da casa de oração é muito importante, pois isso dá a vida para a gente!”, ressalta a mestra.

Texto produzido a partir de entrevista concedida pela mestra a Genildo Coelho Hautequestt Filho, em 2024.

Fotos: Arquivo pessoal